6 de outubro de 2010

OZ

Cansada de me esquivar dos apegos

desses queridos e dóceis

meninos do vento.


Suas vorazes almas sopradas e repentinas

relutam em me carregar,

em arrancar pedaços.


Ágil, esquivo-me, enfraqueço, canso.



Assim, quando for me chamar de novo. Os olhos atentos buscam o piscar. As luzes da telinha. O nome escrito nela. A respiração presa. As janelas vão se abrindo e as paredes vão sendo arrancadas. Sobra do quarto o quarto. A cama ainda ilesa dorme sobre o chão que gira. Turbilhão de imagens. Grossa areia atinge o teto que se vai e despedaça. Sobra do quarto o quarto. Segura na cama e dorme! Aquela laje flutuante.



Um furacão entorpecente.

O organismo.


Sobra do quarto

o que havia de mim.

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