Cansada de me esquivar dos apegos
desses queridos e dóceis
meninos do vento.
Suas vorazes almas sopradas e repentinas
relutam em me carregar,
em arrancar pedaços.
Ágil, esquivo-me, enfraqueço, canso.
Assim, quando for me chamar de novo. Os olhos atentos buscam o piscar. As luzes da telinha. O nome escrito nela. A respiração presa. As janelas vão se abrindo e as paredes vão sendo arrancadas. Sobra do quarto o quarto. A cama ainda ilesa dorme sobre o chão que gira. Turbilhão de imagens. Grossa areia atinge o teto que se vai e despedaça. Sobra do quarto o quarto. Segura na cama e dorme! Aquela laje flutuante.
Um furacão entorpecente.
O organismo.
Sobra do quarto
o que havia de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário