30 de dezembro de 2009

Ich bin dich!

Quando ela percebeu que poderia entender todas as meticulosas trajetórias de sua vida, ela pensou mais firme, e pode calcular que daqui a alguns dias tudo podia melhorar, porque a lógica mantinha um caminho tão previsível e grotesco que seu coração podia bater mais ao ler um nome, ao respirar aquela incógnita, ao pensar sem querer estar pensando. Aquilo parecia mesmo irreal, e imaginário demais para ser verdade.
E se evitasse aquilo entrar nos seus sonhos poderia facilitar a resolução de um problema mais futuro, sim, pois os sonhos concretizam muitas vezes desejos irrealizaveis, nos fazendo acordar com aquela pontadinha de satisfação e esperança do que não estar por vir.
Ela pensou que pudesse então fazer algo pra mudar. Pensou então que pudesse se ocupar com milhares de formas bizarras de tarefas, só pra se divertir com sua própria criatividade, mas no fim acabava por cair no mesmo indesejado lugar. Por quê? Porque o seu inconsciente ainda estava repleto daquela imagem, idéia, desejo, e no fim, insconcientemente, todas suas ações a levava ao lugar e sentimento que ela mais tentava fugir.
Quando ele percebeu que tudo o que não queria era deixar de tê-la por perto, ele repensou e repensou e repensou, todavia, não pode chegar em lugar algum pois sua sinapses não o levava a lugar algum há algum tempo.
E ainda assim, ela continuava a lutar pois já havia entendido que após varias batalhas com você mesmo. Batalhas vencidas. O que sobra são mais batalhas, mais complexas e superadoras. No fim, no fim, nunca se tem o que perder, e sempre há muito o que se tirar dessa troca.

15 de dezembro de 2009

AUGE

Pode ser que o mundo perca um pouco mais de sentindo quando tentamos racionalizar as cosias. Perguntamos todas as perguntas fundamentais, e a partir daí percebemos que estamos perdidos num emaranhado de nós sem saída, não tem saída. Podemos então continuar racionalizando em busca da resposta, por que perder o momento a vida? Por que pensar e pensar para tentar responder?
Somos dotados de dons fantásticos, os quais só podem ser percebidos e admirados quando os usamos, melhor, quando vivemos. E afinal, o que é vida? Uma vez ouvi um homenzinho muitíssimo inteligente dizer simplesmente: "viver". Isso, porque não se sabe o que é vida sem estar completo nela, e todas essas perguntas nos tornam amorfos, sem vida. Como decifrar a vida sem vivê-la? E é esse meu ponto!
A c r e d i t o q ueocami n h o e s t e j a e r r a d o.
Nós caminhamos cada vez mais para o meio do emaranhado. Dessa forma nos emaranhamos também. Uma informaçãozinha aqui, outra ali. Enquanto podíamos estar andando livremente, deixando nossos instintos mais profundos se manifestarem, deixando tudo que tem aqui dentro preso sair. SAIR DE DENTRO.
Sim, a resposta tá dentro de nós mesmos. Nós, pelo menos até onde eu saiba, somos a mais bela e perfeita criação da natureza, juntamos milhares de habilidades em um corpo e temos inteligência e consciência para desenvolvê-la além disso. Um balé, ginástica rítmica, nado sincronizado, um pianista, e tudo aquilo que vai saindo de dentro desse corpo.
Comum a mim, e a você.
Deixando o que existe aqui mesmo brotar, vamos vagarosamente entendendo parte por parte. E ao invés de entrarmos no emaranhado, olhamos o todo, vemos o melhor caminho, puxamos um fio e tudo se desfaz. Todo o entendimento que faltava se funde. O AUGE .
É isso.
Não adianta. O caminho para entender o universo, a vida e tudo mais. É o caminho para dentro de nós mesmo.

*Observação: O corpo e o que ele esconde.