5 de setembro de 2009

Re-existir

E nós aqui. Tão cheios de si. Cheios de convicções e certezas do que está por vir. Coitados.
Deixamos o "eu ego" nos dominar, e em que isso nos enriquece, quais são os lucros de uma vida cheia de si? Se o próprio EU vai morrer a partir do momento que o coração não mais bater, a partir do momento que o cérebro parar. E a vida é algo tão frágil!
Mas tão tão frágil que inventaram um pedaço de ferro viajando a 400 km/h que arrasta essa vida em segundos. De novo me pergunto por que tanto ego-ísmo ? Se o que sobra de você mesmo é o que você deixou para as próximas pessoas, o que sobra de você mesmo é a parte que não foi para o seu EU maior.
Desde o momento em que encaramos o mundo como uma troca, de experiências, de lições, de conceitos, de sentimentos, percebemos que a grande questão está entre doar e se deixar levar pelo que o outro doa. A partir disso temos o surgimento das mais belas criações da natureza: o amor, a amizade, a paixão, a diversão, a família, a alegria, felicidade; pois de fato sozinhos não alcançamos nem 7% desses estados.
Desde o momento que vejo nas outras pessoas, não um pouco, mas muito de mim, passo a re-existir. E sem resistência começo a re-nascer. E renascendo a cada momento de troca não paramos de enriquecer, o nosso olhar, o nosso andar, as nossas reações perante as situações não muito agradáveis da vida.
Ideal da minha vida: re-existir em cada nova mudança gerada pelo mundo em mim.

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