19 de setembro de 2010

balada da menina instável

Sou o corpo.

Gozo do estado de ser.

Repudio o alheio,

tremo a medida que

a existência preenche

as bolsas do pensamento.


Cavo fundo no ânimo estado

no humor fatídico, e todas

suas nuances são resultado

da vida aqui, sendo.


Constato o corpo o fato

ao olhar pelas janelas

ao respirar e sentir o sentimento

das coisas transpirando em sua essência.


Sou o corpo.

Gozo do estado de ser.

Mas, porém,

há o além de mim

sobrevoando

querendo dizer

que além

é melhor

que aqui

preciso partir?

2 comentários:

  1. estado de gozo permanente na estática ambiguidade dos sentidos
    morro e queimo a verter o cálice da loucura que esparrama entre as pernas
    as arestas que consomem vibram à luz do sol ausente
    calafrios sustentam o fogo que teima em queimar hipotálamo hiperexcitado

    pensamentos penetram e evocam tremores vis
    na gélida torre descansa a paz e o cárcere que movimentam o desconhecido
    é cedo pra mutilar a prece que transmuta esteio de mim
    a armadura que transpassa o vale retro-alimenta o ventre a contorcer palavras móbiles

    um fio de rímel escapou do seu olhar e atiçou as moléculas que dormiam em meus dedos
    a pertinência esvaiu-se de mim quando seus lábios foram parar em marte.

    acorde quando o dia morrer.

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  2. A estética diferenciada dá um tchan a mais a coisa toda né? Parece que o ritmo vem com a mudança das fontes.
    Adorei a balada, keep on writing.
    To esperando coisas novas!

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