16 de novembro de 2011

o menino

Barulho, caos, orgulho
É tanto murmúrio, e ele nem espanta
É tanta euforia em volta e ele canta e canta
A moçada achou que ele tocava lento
no laço dos corpos ele acalmou sussurrou
nas cordas, num toque que culminou
no fim dos tempos.
Era um bando de jovens
aturdidos pelo moço-dinheiro
que mandava em tudo,
eles cantavam com o garoto
mas eram um pouco surdos.

O barulho todo se reverteu pra fora
quando cantaram através da memória.
As palavras misturadas que ele oferecia
Ele não sofria (mas eu sofri tanto)
Ele não sofria, ele só fazia cada nota
como quem assopra pra dentro de si
abrindo as portas que existiam
na conciência das cervejas de garrafa
no pensamento das vodkas do bar
na gentileza das cachaças sensatas.

Ele só queria rir pra praça
Adimirar a chuva, a noite, as garças.


(eu sofria tanto)

para o menino cícero.



Nenhum comentário:

Postar um comentário