8 de julho de 2010

Impasse

Eu decido gostar de ti
Tu decides gostar de mim
E assim ficamos
estáticos
cara a cara

Sem a coragem pra dizer qualquer palavra
Como se qualquer erro fosse desmanchar
Isso, agora, existindo

Te entendo e não me entendes
Um zig zag de olhares
em uma multidão insone
Quem é você?
Porque eu ainda não sei.

Vai!
Desliza teu olhar pra frente.
Vai!
Rompe a barreira do medo.
Gargalha, por favor!
Diz o que vier a cabeça
E acredita que estou disposta a ti!

Sei que meus versos
Não passam de papel,
Não saem do plano da palavra.
Virtual. Abstrato. Incompreensível.
Te peço ação,
embora tenha dado tinta.

O erro é deixar que ele nos guie,
Ele molda o nosso não agir
Mantém a vontade imune de um toque
Ele é maior que nós mesmos

O Impasse.
Impedindo que a gente nunca se ultrapasse
Porém, com o tempo
Vem a velha indiferença
E um novo menino a me olhar distante
Ele se aproxima, diz que podemos ser amantes.
Eu aceito.

E você?
O que foi?

2 comentários:

  1. Bravo!!! No meu blog postei um texto com essa mesma temática. Acho que ambos têm o mesmo plano de fundo, os mesmos impasses

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