24 de julho de 2009

Eu, I, Ich, Yo, Je

Possibilidade.
Mata aqui dentro aquilo que reside o meu ser. Sou filha de quem, neta do avô, pai e mãe se unem e fazem algo que sou eu. Fui eu. Droga, é muito louco isso tudo! De novo eu me pego vendo o tempo todo achatado. Eu me vejo velha, adulta, casada, sem dente, grávida, vejo o sucesso a derrota o medo. Tudo vem tão forte, que no fim não entendo o que sinto o que sou o que quero o que amo o que me faz viva.

E ao mesmo tempo queria parar de ser tão egoísta.

O Deus que me conforta me mostra o resto do mundo, porque o resto do mundo não tem tempo pra se questionar. O instinto de sobrevivencia é muito mais forte do que a vã filosofia.

Questionamentos por si só são vácuo. Vácuo perfeito. Nem um átomo do universo.

Pare. Respire. É o que diz a minha consciencia.

Eu, paro, respiro, choro. Porque as lágrimas são a prova da mais sincera emoção quando se está num quarto escuro sozinho e sem perspectivas. É assim que estou: sem perspectivas. Tudo é tão indiferente.

E ao mesmo tempo queria parar de ser tão egoísta.
Eu dei um real e oitenta centavos para o Big Bus Brasil hoje. Será que isso demonstra que não sou tão egoísta assim?

Por que viver sem noção do futuro do que se quer do que se ama é tão ruim?

Eu juro que tudo que faço tem tanta verdade, mas não tem certeza.

Já e x a g e r e i p o r hoje.

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