9 de janeiro de 2012

Por esse incessante circular em torno de um ponto imaginário,

uma legião de leis de forças e estados a manter a tensão de tudo.

Apenas com a noção do que é isso, poderíamos sussurrar carinhos descontextualizados.

Vai que um dia as constantes gravitacionais resolvem ter vida própria e a

Terra desgovernada viajará o universo inteiro.

Cadê essa coisa que desfaz o que anda sendo repetido há milênios ??

Há cordas prendendo os planetas e é preciso cortá-las com nossas tecnológicas vontades.

E se parássemos de girar, o tempo continuaria? Ou tudo gira porque o tempo existe?

É circular é convicto é suplício geológico que perdura desde

a criação de uma malha de espaço e tempo.

A gente toda aqui dentro, intranquila, achando que consegue dar conta.

A gente toda existindo aqui nesse redondo e repetitivo invento.

Momento de achar o eixo.

Inverter as cabeças, as certezas. Hora de expandir as percepções

e apontar para a direção errada.

Já que a Terra não muda a rota, a gente se vira.

A gente se mata

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