31 de agosto de 2010

giGANte

Concordo ser firme. Ilesa aos suspiros do gigante mudo. Ele acaricia e desconta seu medo, sua vaidade, na minha desesperança a respeito do mundo. Os sentidos já se foram, as órbitas já estão em ressonância, os círculos viraram elipses e o que sobrou de mim foi uma casca desencontrada, fraturas indispostas ao conserto. Concerto dos ruídos da noite. Sou o completo caos tremendo de medo. Esperando o bote. Pronta para usar o reflexo que nunca tive. Reconforto-me no leito. Espero. Leio. Falo alto e canto. Será que ainda sou eu de volta? talvez tenha ido para nunca mais voltar. Concentro-me firme. Ilesa aos suspiros do gigante mudo.

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