15 de junho de 2009

Mil

Percebendo que o mundo está aqui dentro.

Pois a cada momento me surge uma vontade diferente. Já disse que vejo as fitas?
E vem o meu canto, aquela mesma música de sempre:
"Tire seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor."
Nem há tanta dor assim, mas muitos sorrisos. Sorrisos passados presentes e até futuros.
Já cantei e toquei a melodia de tantas formas que descubro cada vez um mundo, de possibilidades, de sentidos, de eus.
E aí vou eu com a velha história de que um ser humano, é todo ser humano. Que o mesmo que há em mim, há na mendiga que encontro na rua todos os dias desejando-lhe bom dia.
O bom dia dela é melhor que o meu, isso porque ela encontra algo que eu não encontrei. E confesso que muitas pessoas no meu dia a dia também não o encontraram.
Quero ser mil. Quero ser apenas uma. Por enquanto sou só o murmurio das pessoas nas ruas, sou qualquer um que passa, o porteiro, a vizinha, a mendiga. Sou eles e eles um pouco de mim.

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